Ficar conectado 24 horas por dia tem um custo. E não é só o do 3G. Em vez de agilizar suas tarefas e facilitar sua vida, viver o tempo todo ligado nos apetrechos digitais diminui sua produtividade, aumenta seu estresse, detona seus olhos e ferra seu sono. Já existe até um termo para batizar a sensação de angústia de estar sem internet ou impossibilitado de se comunicar pelo celular: nomofobia, do inglês no-mobile-phone-phobia. O estado de alerta causado pela expectativa de receber a qualquer momento uma mensagem ou um simples “curtir” nas redes sociais é um fator de estresse, segundo estudos do Center for Internet and Technology Addiction, centro especializado em “vícios” digitais da Escola de Medicina da Universidade da Connecticut, nos EUA. Confira os problemas causados pela necessidade de viver conectado e, depois, as sugestões de “detox” do órgão americano.
ANSIEDADE E ESTRESSE Numa pesquisa feita com estudantes privados de seus telefones por vários dias, 73% entraram em pânico e 14% tiveram sensação de desespero. Segundo o órgão americano, é comum ficarmos num estágio de “hipervigilância” por estarmos condicionados a acreditar que há informação chegando até nós toda vez que escutamos um bip, uma campainha ou uma vibração. Esse estado de alerta provoca aumento da liberação de dopamina, neurotransmissor que dá sensação de prazer, toda vez que chega uma mensagem ou um comentário no Facebook, Instagram ou Twitter. O resultado: queremos ficar conectados o tempo todo, para não perdermos nada, nunca, e essa postura contribui para o aumento da ansiedade. Ou, por outro lado, para a depressão, caso as mensagens não cheguem, fazendo que nos sintamos “solitários”.
INSÔNIA Mesmo no mudo, seu celular ao lado da cama pode atrapalhar seu descanso e, consequentemente, prejudicar sua saúde. Se ele acende toda vez que chega um “curtir”, a luz pode confundir seu relógio biológico e comprometer a qualidade e a quantidade de sono. A luz da tela de seu laptop ou tablet também atrapalha a secreção do hormônio melatonina (regulados do ciclo de sono e vigília), que ocorre à noite, deixando seu cérebro alerta qua do não deveria. Se você leva seu computador ou iPhone para a cama, não está sozinho: uma pesquisa feita com insones nos EUA, 95% admitiram usar algum tipo de aparelho eletrônico antes de dormir.
O DETOX EM 4 PASSOS
FAÇA COISAS ‘DESCONECTADAS’: Elabore uma lista de 100 coisas para fazer que não envolvam tecnologia, computador ou celular. Sempre que sentir a urgência de se conectar, consulte a relação e pratique alguma dessas ações.
FOQUE NA VIDA REAL: Sempre que estiver numa mesa de bar com amigos, resista à tentação de ficar checando mensagens e concentre-se na conversa ao vivo. Peça para seus companheiros fazerem o mesmo, se possível.
MEXA-SE: Saia para correr ou caminhar sem o celular (1 hora por dia desconectado não vai matar você). Na academia, deixe o telefone no armário do vestiário. Qualquer atividade física funciona como antídoto para o “vício” digital, segundo os pesquisadores do Center for Internet and Technology Addiction. Desde que você não leve o telefone junto.
ESTABELEÇA LIMITES: Comece a restringir o tempo de uso dos apetrechos digitais (caso você não trabalhe direto no computador ou faça negócios pelo celular). Desconecte-se pelo menos algum tempo durante o fim de semana e estipule um tempo determinado para navegar nas redes sociais, em vez de ficar ligado nelas o tempo todo. Se quiser, faça um post avisando os amigos que estará “offline” durante um período.
Fonte: http://highlevelnews.com
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